6 Filmes baseados em obras alagoanas ou dirigidos por nossos conterrâneos


E aí pessoal, como meu primeiro assunto aqui no blog eu decidi abordar o cinema local, porque Nise – O coração da loucura acaba de ganhar o prêmio de melhor filme no festival de cinema do Rio de Janeiro. E como muitos não conhecem a existência desse filme, eu imagino que também não conheçam algumas outras produções baseadas em figuras locais ou dirigidas por nossos conterrâneos.




Vidas secas

O primeiro filme a ser citado não poderia ser outro, lançado 1963, o longa foi dirigido por Nelson pereira dos santos, e teve obviamente o roteiro baseado na obra prima de Graciliano Ramos “Vidas Secas”.

(De todos ali presente, Baleia era a mais humana...)

O filme se tornou um dos mais conhecidos do movimento cinema novo, muito pelo fato de abordar problemas sociais do Brasil. Com cenas gravadas no Sertão de Alagoas, mais especificamente em Minador do Negrão e Palmeira dos índios, ele foi indicado à Palma de Ouro e foi considerado o melhor filme do ano pela resenha de cinema de Gênova.



Quando tudo fica quieto atrás dos meus olhos

O curta totalmente produzido por Felipe Barros conseguiu me emocionar de um forma bem especifica, apesar de não possuir diálogos claros, o filme passa uma mensagem bem explicita de contemplação a natureza, e inclusive da própria morte.


Tieta do Agreste
O alagoano Cacá Diegues produziu um milhão de filmes e essa lista poderia ser somente sobre ele, mas isso é projeto de uma futura postagem exclusiva sobre ele, pra agora vale mencionar só alguns de seus filmes.

Tieta do Agreste, obra de Jorge amado, já havia explodido nacionalmente com o sucesso da novela exibida na rede globo. No filme é relatada a volta de Tieta extremamente rica à Santana do agreste lá na Bahia, terra de Jorge amado, 25 anos após ter sido expulsa da cidade.


O filme é aquele tipo de comedia padrão do cinema nacional da década de 90, mas isso não o faz perder nada em qualidade, muito pelo fato de contar com um elenco de nomes como: Sonia Braga, Marilia Pera, Chico Anysio, Claudia Abreu, Daniel Filho, Etc.

E se isso não é motivo suficiente para você assistir esse filme, fique sabendo que toda a trilha sonora foi composta por Caetano Veloso. Vale a pena assistir.


Miss
Miss é mais um curta que todos nós precisamos assistir, ele apesar de ter apenas três minutos, consegue contar através dos relatos de algumas pessoas a história de uma mulher que se dizia miss Paripueira. Vale muito a pena para conhecermos um pouco mais sobre a história da nossa terra e para aqueles que viviam na época ou ouvia sobre ela relembrarem um pouco sobre a mulher que se tornou uma figura mitológica de Maceió.


Memorias do cárcere
Este também é uma adaptação de uma obra de Graciliano Ramos que possui o mesmo nome. O filme, assim como o livro, conta a fase em que Graciliano Ramos esteve preso sobre ordens da policia do Estado novo do Brasil.

O filme conta com as atuações de Carlos Vereda interpretando Graciliano Ramos, e da grandiosa Gloria Pires fazendo o papel de Heloísa.


Com roteiro e direção de Nelson Pereira, o longa ganhou prêmios no festival de Cannes, festival de Havana, e pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.


Deus é Brasileiro
Em minha opinião um dos melhores filmes nacionais. Que conta com cenas gravadas em Tocantins, Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas.

O filme é inspirado no conto “o santo que não acreditava em Deus” de João Ubaldo Ribeiro, foi dirigido e roteirizado pelo alagoano Cacá Diegues. A história mostra Deus, protagonizado por Antônio Fagundes, que cansado dos nossos erros decide ir tirar férias nas estrelas, mas para isso acontecer ele precisa vir até o Brasil procurar um santo capaz de substitui-lo no céu.

Além de Antônio Fagundes, o filme conta com presença de Wagner Moura e Paloma Duarte. O longa foi indicado na categoria de melhor filme no Festival de Cartagena e Wagner Moura venceu como melhor ator o troféu da Associação Paulista dos Críticos de Arte.


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