A arte de uma forma bem representada

 Jorge Calheiros, 74 anos, cordelista considerado patrimônio vivo de nosso estado.

De acordo com Calheiros, há um século o cordel era considerado o jornal do dia, levando informação para várias partes do nordeste. “Procurava-se mais a informação nos cordéis do que nos próprios jornais”, relata. Jorge Calheiros é considerado patrimônio vivo do estado de Alagoas. Suas peças variam de romances a críticas políticas, tudo com muito humor. Dos 141 títulos publicados, 96 ele sabe decorados. Uma paixão que começou cedo, mas só mais tarde ele se debruçou sobre ela. “Quando eu era 'menino', as pessoas do sítio compravam os cordéis nas feiras da cidade e traziam para ler. Com o tempo, comecei a ter muito interesse naquilo. Com 30 anos passei a ser cordelista e até hoje não me canso de escrever e continuar com essa cultura”, diz.

Mariquinha vende suas publicações na Feira de Artesanato da Pajuçara, em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

Conhecida por seus versos e por ser a principal cordelista feminina em Maceió, Maria José de Oliveira, 52, a “Mariquinha”, traz consigo a marca de 40 cordéis em 34 anos de escrita. “Comecei lendo cordel para os meus avós. Quando tinha 19 anos, tentei fazer um curso de auxiliar de enfermagem, mas, por sofrer com ataques de epilepsia, não pude continuar”, conta. A partir daí, Mariquinha se dedicou a escrever cordéis. Hoje em dia, ela é chamada para dar palestras em escolas e divulgar seu trabalho. “Acho que, atualmente, há um interesse maior por parte dos jovens. Cada vez mais a procura aumenta. Espero que continue assim”.
Fonte: g1

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